publicado em 14 de Março de 2019 às 19:48 - Notícias

Aumento da jornada: Salários achatados e possíveis custos a serem pagos pelos servidores preocupam sindicalistas, que prometem ações

Reunião dos Sindicalistas com Roberto Hashioka dia 12 Março 2019

Conforme declarações de hoje (14) na imprensa, Hoberto Hashioka, (Secretário de Estado de Administração e Desburocratização) afirma que o governo manteve a ideia do aumento da jornada de trabalho, adiando este procedimento para o mês de “junho ou julho”, alegando atender pedido dos sindicatos.

“O que nós pedimos, foi o estudo que eles vêm declarando na imprensa que fizeram, mas que ninguém viu. Até para ver qual é a real economia, a real necessidade de se ampliar a carga horária dos servidores, entendemos que em alguns casos, ela pode inclusive aumentar o custo do expediente, com mais gastos de energia, água, equipamentos”, disse Ricardo Bueno, Presidente do SintssMS.  

Entrevistamos o sindicalista, sobre sua opinião, caso o poder executivo publique o decreto do aumento da jornada de trabalho, confira abaixo.

Site: Vocês pontuaram na reunião com o Secretário sobre condições de trabalho, nesta possível mudança?

Bueno: Com certeza, por exemplo, é necessário que os funcionários tenham uma área de descanso adequada para seu horário de almoço. É necessário também garantir a alimentação dessas pessoas e levamos preocupações sobre o tema do transporte também.

É importante frisar que temos estudos que comprovam, o salário dos servidores está achatado, ele vem sendo corroído pela inflação, somando os últimos quatro anos, já perdemos aproximadamente 20% do nosso salário.

Infelizmente o Secretário de Administração Roberto Hashioka não se comprometeu a oferecer o custeio da alimentação dos servidores, mas lembramos a ele, que em categorias de altos salários do poder executivo estadual, tem pessoas que recebem auxílio alimentação, com valores maiores do que um administrativo da educação, por exemplo.

Site: Que tipo ações vocês propuseram para esta situação?

Bueno: Nós propomos uma comissão bipartite com o governo para avaliar a situação, inclusive em nossa reunião com o secretário, ficou evidente que cada setor, cada unidade, que cada caso é um caso, que requer uma séria atenção, que nos causa muita preocupação.

Site: Como vocês estão avaliando esta última declaração de Roberto Hashioka, afirmando prazos e data para o decreto de aumento da jornada?

Bueno: Olha, em último caso, se for para implantar às 8 horas, do jeito que está, nós precisamos deixar bem claro que este sindicato entende que esta ação configura como redução salarial, neste sentido vamos entrar com medidas judiciais para amparar o trabalhador, o servidor, a servidora, que são nossos filiados pontuou.

Site: E sobre o vale-transporte?

Bueno: O governo ainda cita que vai fornecer o vale-transporte, mas entendemos que isto não é viável para a cidade de Campo Grande, por exemplo, aqui uma pessoa não consegue sair do Parque dos Poderes e ir para sua para almoçar e voltar em apenas duas horas... e se chover no caminho, fica pior ainda.

Nosso sindicato considera este possível decreto como unilateral, desrespeitoso e totalmente distante da tal valorização prometida nos últimos 4 anos e na última campanha eleitoral.

O que o Secretário vem falando não é o melhor resumo das reuniões com os sindicatos... agora, mais uma vez, pedimos a compreensão e o respeito do governador, no sentido dele estar conversando ou no mínimo, determinando que se faça o referido estudo, ou ainda, [caso o estudo tenha sido feito] que estes documentos sejam fornecidos aos sindicatos, pois até na imprensa o Secretário Hashioka disse que os secretários verão a melhor forma de implantação do aumento da jornada, o que para nós é indicativo que o estudo não foi feito.

Na foto acima: Sindicalistas e militantes da Base do SintssMS, acompanhados de lideranças do SinpolMS e SinsapMS

Escrito por: Assessoria de Comunicação - SintssMS

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