Foi assim que terminou a reunião realizada na tarde desta sexta-feira (29), na governadoria, entre trabalhadores da seguridade social e representantes do governo do estado.
A reunião foi dirigida pelo Secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, com participação de Carlos Alberto Assis, Secretário de Administração e Desburocratização de MS e assessores, além de dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social do Mato Grosso do Sul.
Conforme relato do Presidente do SINTSS-MS, Alexandre Júnior Costa, na mesa de negociação salarial o governo voltou a apresentar a proposta de abono salarial de R$250,00, que já foi recusada por Assembleia Geral da Categoria.
Segundo Costa o governo também, “propôs estudar alguma mudança nos plantões, trabalhar a questão da produtividade que para nós na verdade é a assiduidade, que também daria uma majorada neste valor e aplicar as letras dos servidores que já tem esse direito, para quem entra no estado, na área da saúde, a cada cinco anos o servidor pode mudar de letra, o que melhora seu salário” disse.
Prazo
Na próxima segunda-feira (2), está confirmada a Assembleia Geral dos Servidores da Saúde Estadual, a ser realizada no saguão do Hospital Regional de Campo Grande.
A pauta da reunião é a deflagração da greve da saúde, por esta razão, o governo solicitou um prazo de uma semana, para apresentar nova proposta aos servidores e se comprometeu a realizar um estudo para tratar dos três pontos levantados na reunião, que seriam os plantões, a assiduidade e a progressão na letra da carreira, daqueles trabalhadores que já possuem este direito.
Greve
A assembleia geral dos servidores da saúde estadual que será realizada no dia 2 de maio, vai deliberar se os trabalhadores entrarão em greve ou se os mesmos vão aguardar o prazo solicitado pelo governo, que pretende apresentar nova proposta na manhã de sexta-feira, no dia 6 de maio.
Desde o dia 9 de abril, já foram realizadas três assembleias gerais da categoria, em todas as oportunidades, os servidores rejeitaram as propostas de abono e aprovaram por unanimidade a realização da greve, caso o governo do estado não apresente nova proposta condizente com a reivindicação dos trabalhadores.
Letras
Alexandre Júnior Costa afirma que “muitos servidores da base do sindicato já tem sete anos acumulados, às vezes mais, e hoje estão impedidos de progredir na carreira”. Costa defendeu que “esta é uma luta nossa, sendo este um direito dos servidores, além do que, o impacto financeiro disso não é grande para o governo”, ressaltou.
A cada cinco anos, o trabalhador da saúde do estado, segundo sua carreira, tem o direito de subir de letra, da A para B e assim subsequentemente, o que melhora o nível do salário dos servidores. A reivindicação do sindicato é de que estes trabalhadores possam progredir na carreira, pois já acumulam o tempo necessário para isso.
Assembleia Geral
No início da tarde desta sexta-feira (29), em mais uma oportunidade, centenas de trabalhadores da saúde reunidos em Assembleia Geral, aprovaram por unanimidade o indicativo de greve para o dia 2 de maio.
Os trabalhadores rejeitaram em Assembleia Geral, realizada no dia 9 de abril, a proposta inicial do governo de abono de R$200,00, a principal crítica a esta proposta, que agora avançou para o valor de R$250,00, é de que o abono traz insegurança jurídica, pois o governo pode retirar este benefício a qualquer momento, diferente do reajuste salarial, que incorpora os recursos nos salários.
O SINTSS-MS compõe o Fórum dos Servidores Públicos do Estado, que defende um reajuste salarial linear de 16,14%, para todas as categorias, conforme estudo técnico encomendado pelos trabalhadores ao escritório estadual do DIEESE (Departamento Sindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos de MS).
Escrito por: Sérgio Souza Júnior AsCom SINTSS-MS