publicado em 18 de Fevereiro de 2017 às 15:45 - Notícias

Diretores do SINTSS/MS participaram de debate com ex-Ministro da Previdência em Campo Grande

Carlos Eduardo Gabas debate com militantes na UFMS

Auditório lotado para o debate com o ex-ministro Carlos Eduardo Gabas, realizado neste sábado (18), pela manhã, em evento realizado pela Frente Brasil Popular, no espaço Multiuso da UFMS em Campo Grande, que discutiu o tema da Reforma da Previdência. 

Dirigentes do SINTSS/MS participaram do encontro, para Ricardo Bueno, Presidente do sindicato, “o debato foi muito bom, o Gabas é trabalhador de carreira da previdência e sabe muito bem do que está falando. Essa Reforma significa o fim da aposentadoria, e precisa ficar claro para o servidor público que essa proposta se aprovada, vai cair aqui para o serviço público estadual. Ainda mais aqui em nosso estado, que está vindo uma reforma administrativa do governo e ao que tudo indica, ela vem para prejudicar ainda mais os servidores públicos, temos que barrar esse projeto” disse. 

Segundo Gabas, que é especialista em gestão de sistemas de seguridade social, para o problema de queda na arrecadação, a solução está no crescimento econômico, não na retirada de direitos dos trabalhadores. Ele vê na proposta do governo federal uma forma de atingir os mais pobres e afirma que essa reforma, junto ao congelamento de gastos primários por 20 anos, representa o “pagamento” para quem bancou o golpe que derrubou a presidenta Dilma Roussef.

Gabas critica o argumento do governo ilegítimo de Michel Temer, que alega que a previdência está quebrada, para o palestrante, os recursos da Seguridade Social são superavitários, o que inclui a previdência. Já a arrecadação específica da Previdência caiu por conta da conjuntura econômica, ainda segundo ele, “o que nós temos que fazer é retomar o crescimento econômico, aí você volta a ter arrecadação, fora isso nós temos outros mecanismos, cobrar os credores... que devem algo em torno de meio trilhão, vamos mexer com esse povo, hoje você tira dinheiro do trabalhador mas não mexe com o rico”, afirmou.

Entre os números apresentados por Gabas nesta palestra, está o ingresso de quase 30 milhões de trabalhadores na Previdência Social, ao longo dos mandatos petistas, que dobrou o número de beneficiários que já haviam no Brasil. “Tem formas de garantir a previdência, sem retirar direitos do povo trabalhador”.

Segundo o especialista, essas novas contribuições, provém sobretudo dos MEI (Microempreendedor Individual) e das domésticas que tiveram seu trabalho registrado em carteira.

Outro ponto explanado e rebatido por Gabas é a informação que os trabalhadores urbanos sustentam a previdência dos rurais, que não contribuem. “73% dos alimentos consumidos no Brasil são da agricultura familiar. Eles [agricultores familiares] contribuem com 2% da comercialização da produção e incide Confins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). 

A Coordenação da Frente Brasil Popular encaminhou a criação do Comitê Estadual Contra a Reforma da Previdência, que terá como tarefa, organizar a luta contra o fim da aposentadoria e outros direitos, encaminhados pela Reforma da Previdência proposto pelo governo ilegítimo de Michel Temer.

Escrito por AsCom SINTSS/MS, com informações do Midiamax e assessoria da Frente Brasil Popular - MS.

 

 

 

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