Lideranças do Fórum Estadual dos Servidores Públicos de MS, estiveram reunidos com a Comissão de Deputados Estaduais, o Secretário de Estado de Governo Eduardo Riedel e assessoria, na tarde da última quinta-feira (16), para tratar da negociação salarial, o encontro aconteceu no Parque dos Poderes.

Conforme relato Ricardo Bueno, Presidente do SintssMS, o governo afirmou que está com dificuldades financeiras, alegando que deve oferecer mais um reajuste zero para os servidores neste ano.

“O governo não pode usar números genéricos na mesa de negociação, ele deve ter uma transparência efetiva, eles alegam que houve grande aumento da folha de pagamentos, nós queremos saber de onde vem este tal aumento que o governo alega, de quais categorias”, disse Bueno.

O dirigente reforça ainda que “somos da linha onde ninguém solta a mão de ninguém, mas é preciso demonstrar de onde vem os gastos, pois a receita é uma só, o dinheiro dos pagamentos vem da [Secretaria] Fazenda, então não dá pra falar em separação de poderes nesta hora de negociação”.

 O Fórum dos servidores informou que aguarda um retorno do governo, que se comprometeu a apresentar uma proposta sobre a negociação salarial e a incorporação do abono, na próxima segunda-feira (20).

Por conta desta situação, a categoria dos servidores administrativos da educação, deliberou pela Greve Estadual, convocada para o dia 20 de maio. Os administrativos da área recebem o menor salário de todas as categorias do serviço público estadual, eles reivindicam a incorporação do abono, política salarial, manutenção das 6 horas e convocação do concurso público.

O Fórum dos servidores não descarta ações de mobilização na luta que vem travando com o governo nesta negociação salarial, caso a resposta da próxima segunda-feira seja avaliada como insatisfatória.

Outras informações

Destacamos abaixo, informações do Blog O Jacaré, sobre a situação financeira do estado, notamos que a arrecadação subiu nos últimos três meses.

“A arrecadação de Mato Grosso do Sul cresceu 2,67% no primeiro quadrimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2018. Principal fonte de receita estadual, o ICMS, teve aumento de 4,1%.

No entanto, para não estender a maior parte dos servidores o aumento de 16,38% no próprio salário e dos comissionados, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) prevê o caos nas finanças e até de seguir o exemplo do Rio de Janeiro, de não ter dinheiro para pagar a folha.

Para justificar o congelamento de salários e até corte de benefícios dos 75 mil servidores estaduais, o tucano conta com o apoio de jornais e sites para divulgar a falta de dinheiro. O Campo Grande News “revela” queda generalizada e atraso nos salários. O Governo alega que precisa cortar R$ 441 milhões para não ser obrigado a elevar a parcela do pagamento da dívida com a União de R$ 31 milhões para R$ 100 milhões por mês”. Conforme publicação do dia 16 de maio, do blog O jacaré, do jornalista Edivaldo Bitencourt.

Escrito por: Sérgio Souza Júnior, com informações do Blog O Jacaré.