Nesta segunda-feira (7), por volta das 12h, servidores do Hospital Regional de Campo Grande organizaram um ato em frente do PAM (Pronto Atendimento), em memória da colega Janaína Souza e Silva, que faleceu no último dia 3, vítima de depressão, stress e sobrecarga excessiva de trabalho.

A manifestação foi uma ação organizada pelos próprios colegas de trabalho, que realizaram uma oração em frente do PAM, em homenagem à Janaína.

Alegam os servidores públicos que este não é o primeiro caso que acontece no HR e que ainda assim não há uma política efetiva de saúde do trabalhador, para as diversas categorias do estado. Situação que pode ser observada no SESMET do HR, que carece de estrutura para desenvolver seus trabalhos.

Segundo Ricardo Bueno, Presidente do SintssMS “o sindicato mantém uma luta de anos com o estado, sempre reivindicando o fortalecimento do setor de RH da Secretaria de Saúde e  também do CEREST (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) que hoje está mais que abandonado, sem estrutura, deixando a saúde do trabalhador para os cuidados da Cassems”, enfatizou Bueno.

Conforme Alexandre Júnior Costa, Diretor de Finanças do SintssMS “este é o caso mais evidente, ele reflete uma ausência de política de estado, para com a saúde dos servidores públicos, é uma situação antiga, que não é observada apenas neste governo”.

No último dia 2 de janeiro, Janaína foi encontrada sem vida em sua residência em Campo Grande (MS) pela polícia, após pedido de uma colega de trabalho que estranhava sua ausência. A principal linha de investigação, conforme a imprensa, é de suicído.

Diversas postagens em redes sociais de Janaína, demonstrava sua insatisfação com a carga horária exaustiva de trabalho e o não reconhecimento sobre a importância de sua profissão.

Confira a nota do sindicato na íntegra, logo abaixo.

Escrito por: Sérgio Souza Júnior, Assessoria SintssMS.

Nota Pública

O Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social do MS (SintssMS), manifesta seu imenso pesar pelo falecimento da enfermeira Janaína Souza e Silva, nossa colega de trabalho.

A sobrecarga de trabalho, pressão, assédio moral, serviço estressante, cansaço, más condições de trabalho, falta de pessoal, situações denunciadas diversas vezes pelos servidores da saúde estadual, são fatores motivadores para o adoecimento de quem cuida da saúde da população.

Diante disso, a aplicação do estudo da redução da jornada de trabalho no HR para 36 horas semanais, sem redução nos salários é uma questão imediata, urgente, que deve ser acompanhada de uma forte política de estado em cuidado com a saúde dos trabalhadores.

O falecimento de Janaína repercutiu em nosso estado, na imprensa e na categoria em nível nacional. Foram divulgadas agendas de atos em 8 cidades em memória da enfermeira.

Direção do SintssMS