publicado em 5 de Agosto de 2014 às 14:16 - Notícias

MPE abre inquérito para apurar possíveis irregularidades no Hospital Regional

Assessoria

 O deputado estadual Amarildo Cruz (PT) recebeu hoje (5) ofício comunicando que o Ministério Público Estadual instaurou inquérito civil nº 053/2014 de 29.01.2014, com o objetivo de apurar eventuais atos de improbidade administrativa que possam ter sido realizados pela administração do Hospital Regional de Campo Grande.

A investigação é em relação à saúde púbica do Estado, sobre a denominada Operação Sangue Frio, que aponta um esquema de ilicitudes levadas a efeito pela denominada Máfia do Câncer. 

No documento, o promotor de justiça Henrique Franco Cândia informa que aguarda a entrega de respostas referentes aos ofícios nº 708/2014/31-PJ, encaminhado à Prefeitura Municipal de Campo Grande, nº 709/2014/31-PJ, endereçado à Secretaria de Estado de Saúde, e o ofício nº 710/2014/31-PJ, destinado ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.

Jardim

Além disso, segundo a 2ª Promotoria de Justiça de Jardim, por meio da promotora Juliana Cristina Gomes, informou ao deputado Amarildo Cruz que adoções e providências necessárias não são de sua competência, e às remeteu ao promotor Gevair Ferreira Lima, da 1ª Promotoria de Justiça, para possível instalação de procedimento relativo aos fatos apurados pela CPI da Saúde da Assembleia Legislativa.

Conforme o deputado estadual Amarildo Cruz, que presidiu a CPI da Saúde em MS em 2013, a abertura dos procedimentos mostra que o MPE está fazendo sua parte e aprofundando as investigações iniciadas com a Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia. “Tenho certeza que as irregularidades constatadas na investigação da CPI eram graves. Tínhamos vasta documentação comprovando esses fatos e, o MPE, como órgão fiscalizador, comprovou isso e decidiu pela abertura do inquérito”, destacou.

Desde a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito o deputado Amarildo Cruz declarou que iria apurar os fatos com responsabilidade e isenção. “Entrei de cabeça nessa investigação e durante seis meses de CPI trabalhei de segunda a segunda analisando documentação, confrontando dados com depoimentos e viajando por Mato Grosso do Sul para investigar a saúde pública. Sempre disse que a CPI não acabaria em pizza e a prova está aí, com a abertura do inquérito do MPE”, salientou.

Confiante no seu trabalho, o deputado estadual Amarildo Cruz decidiu retornar aos 11 municípios investigações para fazer a prestação de contas à população dessas cidades. “Nunca antes houve uma CPI que prestou contas após o seu encerramento. Entendo que é fundamental mostrar às pessoas o que investigamos e quais foram às conquistas obtidas na saúde com essa investigação. Fizemos um raio-x nesse setor e estamos mostrando essa radiografia à sociedade sul-mato-grossense”, finalizou.

CPI da Saúde

A CPI foi a maior investigação já realizada na saúde de Mato Grosso do Sul. Em seis meses de trabalho mais de 100 pessoas foram ouvidas em 11 cidades do Estado. Mais de 70 mil páginas de informações foram catalogadas por uma equipe composta de 19 técnicos. 

Todo o material da investigação foi encaminhado ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público Federal, Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Denasus, Governo do Estado e Ministério da Saúde. Ao final dos trabalhos o deputado Amarildo Cruz apresentou um voto em separado ao relatório final e pediu indiciamentos pessoas e a devolução de recursos públicos gastos indevidamente.

Resultados positivos do maior raio-x feito na saúde do Estado

Com a criação da CPI da Assembleia Legislativa vários acontecimentos marcaram a área da saúde pública em Mato Grosso do Sul, entre eles:

Mudança de gestores ligados à saúde em Mato Grosso do Sul; mudança de gestores ligados ao Hospital Regional de Campo Grande; criação pelo Governo do Estado de uma Comissão para rever todos os contratos do Hospital Regional de Campo Grande; abertura do Pronto Atendimento Médico do Hospital Regional de Campo Grande; retomada da obra da Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Moreninhas II, que devia ter sido inaugurada há mais de um ano; celebração de convênio do Governo do Estado com a Santa Casa de Campo Grande, o qual prevê repasse à entidade de 84 parcelas mensais de R$ 750 mil; mudanças na presidência do Hospital do Câncer e do Hospital Universitário, ambos em Campo Grande; redução do valor de contratos na ordem de até 60% do Hospital Universitário de Campo Grande; voto em separado do deputado estadual Amarildo Cruz pedindo o indiciamento de pessoas e devolução de recursos públicos gastos indevidamente; aprovação do projeto que obriga a fixação, em local visível, da escala de profissionais que trabalham no plantão dos hospitais e postos de saúde de todo o Estado; fortalecimento da cidadania, com ampla participação das entidades representativas ligadas à saúde. 

 

 

Fonte: Reprodução/Assessoria

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