publicado em 10 de Julho de 2017 às 16:13 - Notícias

Nota: Recursos para o Governo do Estado reajustar o salário dos servidores nunca faltaram

Divulgação

O Governo do Estado tem apontado dificuldades para conceder reajustes dignos para as diferentes categorias dos servidores estaduais, quando na verdade, desde o início da atual gestão, entre recursos não previstos no orçamento e perdão da parcela da dívida com a União, entre outros benefícios, já recebeu R$ 2,7 bilhões, sem que se tenha clareza de onde foram aplicados até agora.

Vamos aos números

- R$ 1,4 bilhão correspondentes aos depósitos judiciais que foram transferidos para os cofres estaduais com autorização da Assembleia Legislativa.

- R$ 81 milhões correspondentes ao rateio dos recursos arrecadados na repatriação dos dólares.

- R$ 52 milhões correspondentes às multas decorrentes da repatriação.

- R$ 680 milhões que permaneceram nos cofres estaduais, deixando de ser transferidos para a União, no segundo semestre de 2016, numa moratória que beneficiou os Estados.

- R$ 360 milhões também referentes à dívida com a União que deixaram de ser pagos no primeiro semestre de 2017.

- R$ 100 milhões correspondentes a recursos aplicados no Banco Rural, já liberados pela Justiça.

- R$ 60 milhões correspondentes a compensações de exportações.

Tudo traz para a discussão um conjunto de perguntas que não querem calar:

Como o Governo alega não ter recursos para reajustar os servidores, se já é a gestão que mais recursos extraordinários recebeu?

Se não existem obras, e o Governo anunciou um programa de corte de gastos e de enxugamento da máquina, para onde foram os recursos?

Se já no primeiro ano, o Governo aumentou impostos (aumento de 44% no IPVA mais aumento na tributação dos supostos supérfluos), alegando que dependia desses ajustes para vencer a crise e dar reajuste os servidores, onde estão os resultados desse esforço?

Como pode o Estado alegar que atingiu a margem prudencial do gasto com pessoal se recebeu mais recursos e anunciou corte de despesas?

O que leva o Governo a reajustar seus contratos em índices acima da inflação e penalizar os servidores?

É justo reduzir os impostos para os pecuaristas e negar a correção dos salários dos servidores?

É justo aumentar os gastos com propaganda e propor reajuste zero para todas as categorias?

Agora, diante do anúncio de greve, chegou a ridículos 2.94%, sem responder a nenhuma dessas perguntas e sem responder à pergunta mais importante de todas:

CADÊ O DINHEIRO QUE ESTAVA AQUI?

Está claro, portanto que, diante de recursos que ganhou, diante dos impostos que aumentou e das despesas que reduziu, o Governo dispõe de meios para conceder um reajuste digno para os servidores, muito superior aos ridículos 2,9% anunciados.

A realidade mostra que o Estado é viável, que os meios para conceder os reajustes existem e que não pode haver a alegada falta de recursos.

Apenas dois fatores podem impedir o Governo de conceder o reajuste pretendido pelos servidores estaduais: a incompetência no gerenciamento desse enorme conjunto de oportunidades positivas, ou a má-fé, caso por trás das sempre difíceis negociações esteja realmente o desprezo pelas categorias que levam adiante o progresso deste estado, apesar dos seus governos.

Fórum Estadual dos Servidores de Mato Grosso do Sul
Campo Grande, 10 setembro de 2017.

 

    Conteúdo Relacionado
    Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul
    Rua da Abolição nº 108, Bairro Taquarussú, Campo Grande-MS - 79006-070, Telefone: (67)-3384-5608 - email:sintssms@sintssms.org.br
    Todos os direitos reservados a “sintssms” - Desenvolvido por Avalue Sistemas