publicado em 3 de Maio de 2016 às 12:49 - Notícias

Por reajuste salarial, manifestação dos servidores da saúde no HR mobiliza funcionários que podem entrar em greve dia 6 de maio

Manifestação HR-MS / Crédito: Sérgio Souza Júnior

Ocorreu na manhã desta terça-feira (3), a primeira manifestação dos trabalhadores da saúde estadual, em favor o reajuste salarial da categoria, que pede 16,14% de reposição, baseado em estudos encomendados juntos ao DIEESE.  (Departamento Sindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Este percentual é o índice de reajuste salarial linear que o Fórum dos Servidores Públicos Estaduais, do qual o Sintss-MS é signatário, defende para todas as categorias do funcionalismo público do estado.

Conforme declaração do Vice-presidente do Sintss-MS (Sindicato dos Servidores da Saúde de Mato Grosso do Sul), Ricardo Bueno, para o jornal eletrônico midiamax. “a paralisação envolve 60% dos funcionários do hospital, das mais diversas áreas: pronto socorro, CTI, centro cirúrgico, administrativo, manutenção, farmácia, laboratório. Entretanto, ele pondera que não necessariamente parem todos ao mesmo tempo”. 

O protesto se caracterizou pela participação dos funcionários da instituição, mesmo tendo dois eventos grandes no hospital, a Caravana da Saúde do governo e também um grande Seminário de Colonoscopia, todos os setores de trabalho tinham representantes durante a paralisação, onde circularam mais de duzentas pessoas. Houveram relatos de morosidade no atendimento de alguns setores, mas dirigentes do sindicato afirmaram que foram mantidas pessoas no local de trabalho, conforme a legislação vigente preconiza. 

O Presidente do SINTSS-MS, Alexandre Júnior Costa afirmou durante a manifestação, “esse protesto aqui é para demonstrar ao governo que, se a negociação não avançar, esse hospital pode parar e hoje este é um hospital de referência para o estado, sua paralisação pode prejudicar e muito a população e não é isso que queremos”.

“Então, a nossa tentativa é não deixar que isso aconteça, mas o governo precisa ouvir os trabalhadores e valorizar efetivamente, com reajuste e correção na nossa tabela, que é a pior do centro-oeste” disse.  

A atividade é uma forma de pressionar o governo do estado a avançar nas propostas de negociação com a categoria.

Até o momento, o governo ofereceu o abono de R$250,00 e pediu um prazo até sexta-feira para apresentar nova proposta, pois estaria realizando um estudo sobre plantões, produtividade (assiduidade) e progressão nas letras da categoria, para servidores que já tem este direito.

Sobre o pedido de prazo do governo, a assembleia da categoria realizada na manhã de segunda-feira (2), revelou uma grande irritação da base em relação à demora do governo em apresentar uma proposta decente. A referida assembleia dos servidores da saúde decidiu por unanimidade, aguardar até a próxima quarta-feira, por uma resposta governamental e decretou o indicativo de greve para a sexta-feira (6). Você pode encontrar as informações neste link: http://migre.me/tG4ks

Por mais que o governo fique insistindo em abono, a ampla maioria dos servidores prefere o reajuste nos salários, pois o abono não incorpora nos salários, afentando assim a previdência, aposentadoria, a contribuição à Cassems, além de trazer insegurança jurídica, pois o governo pode retirar a qualquer momento estes valores. Esta exclui os aposentados da categoria, por não incorporar seus valores ao salário.

Os servidores da saúde, junto com outras categorias do funcionalismo estadual, tem seu salário corroído em 16,14% pela inflação, pois não recebem qualquer aumento desde dezembro de 2014.

Estão confirmados protestos no Hemosul (Hemocentro) e no Lacen  (Laboratório Central de Saúde Pública) devem realizar paralisações na próxima quarta-feira (4). No Hospital Regional está confirmada nova manifestação hoje, a partir das 13h e também amanhã, das 7h às 9h e das 13h às 15h. 

Escrito por: Sérgio Souza Júnior AsCom Sintss-MS editado às 13h07min para atualização de informações 

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