No último dia 7 de fevereiro, o Ministro Paulo Guedes comparou servidores públicos a parasitas, criticando de forma exdrúla as dignas reivindicações de aumento salarial da categoria.
Conforme dados do Dieese-MS, no Mato Grosso do Sul, servidores públicos estaduais não tem sequer a reposição inflacionária desde 2018 e já acumulam perdas salariais de 24,26% nos governos de Reinaldo Azambuja.
Já os salários dos servidores federais estão congelados há 3 anos, mas vamos aos fatos.
Guedes, um evidente representante dos bancos no governo, justamente um setor parasita, o sistema financeiro ganha bilhões de reais todos os anos no Brasil e no mundo em cima de juros. Guedes tem sido o autor de projetos que visam destruir serviços públicos para entregá-los à sanha do mercado, tal qual a Reforma da Previdência, ele vem buscando abrir negócios de bilhões para o mercado financeiro, destruindo o sistema de proteção social do Estado brasileiro. Quem é o parasita afinal?
A proposta do governo ultraliberal de Bolsonaro é promover o arrocho, neste sentido, não apenas os servidores públicos seriam altamente prejudicados, mas sobretudo a população brasileira mais pobre, que carece das políticas de Educação, Saúde, Segurança, Saneamento, entre outras.
Para o Presidente do SintssMS Ricardo Bueno, “Guedes é um cara que é considerado um representante dos verdadeiros parasitas da economia mundial, que são os banqueiros do mesmo sistema financeiro que ganha bilhões todos os anos com seu capital especulativo”.
“Nós disponibilizamos este vídeo que é bem explicativo e deixa bem claro qual que é o objetivo quando você quer acabar com a estabilidade dos servidores públicos, parece que querem criar novamente os currais eleitorais, onde quem manda são os coronéis dentro das prefeituras, dos governos de estados e do governo federal” reforçou Bueno.
O dirigente avalia que a estabilidade é um importante instrumento para garantir a lisura do cargo, contribuindo na luta contra a corrupção, pois “ se você ver certinho, a maioria das denúncias que aconteceram a nível de Brasil foram promovidas por servidores concursados, que acabam denunciando a má gestão e desvios do dinheiro público” disse Bueno.
Vem mais ataques por aí
O Governo do Estado Mínimo de Bolsonaro/Guedes agora traz a ameaça da reforma administrativa, que mesmo fatiada, pode acarretar na divisão entre funcionários antigos e novos, na redução de salário, no fim da estabilidade, trazendo duras consequências para os trabalhadores do serviço público.
O poder executivo já deixou evidente que seu objetivo é aproximar os salários do serviço público com a iniciativa privada, destruindo assim anos de direitos conquistados através de muita luta dos servidores.
Não há previsão de cenário tranquilo para a categoria e neste sentido os sindicatos e a Condsef/Fenadsef apontam que é necessário abrir um novo ciclo de resistência e organização para barrar as políticas de estado mínimo.
Os ataques visam criar o desmonte dos serviços públicos através de políticas agressivas, que são versões pioradas do neoliberalismo dos tempos de FHC. A a palavra de ordem deste governo é privatizar o máximo de estatais e serviços públicos, porém há resistência.
Para combater a privatização, categorias entraram em greve no mês de fevereiro, sendo a greve dos Petroleiros dirigida pela FUP o exemplo mais concreto e público desta situação de resistência.
18 de março é dia de lutar
A direção do SintssMS indica que é mais do que urgente e necessário a união dos trabalhadores para enfrentar os ataques de Bolsonaro e Guedes.
Na agenda de atividades já programadas o dia 18 de março, Dia Nacional de Luta e Paralisação de Atividades em Defesa dos Serviços Públicos, Contra as Privatizações e Pela Soberania Nacional está convocado.
Escrito por: Sérgio Souza Júnior, AsCom SintssMS.