publicado em 6 de Maio de 2016 às 15:32 - Notícias

Sindicato se reúne com trabalhadores do Hemosul e Sesau para discutir a negociação salarial

Crédito: Sérgio Souza Júnior

Na manhã desta sexta-feira (6), dirigentes do SINTSS-MS, (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social do Estado), estiveram reunidos com trabalhadores da Base do Hemosul e da Secretaria de Saúde do estado.

As reuniões abordaram a negociação salarial dos servidores da saúde estadual (exceto médicos), com o governo do estado.

A proposta oficial do governo é de 6% de reajuste nos salários dos servidores, incluindo os aposentados, a partir do mês de julho.

Além do reajuste, ficam mantido os R$ 200,00 duzentos reais a título de abono, válido por um ano, com garantia de irredutibilidade, a ser paga a partir do mês de abril deste ano, de forma retroativa.

Segundo a proposta, o governo também se comprometeu em implementar uma nova sistemática de movimentação na carreira (letras) e se comprometeu com a revisão do Plano de Cargos e Carreiras dos servidores da saúde, até o mês de maio de 2017.

Esta proposta foi aprovada por mais de trezentas pessoas, durante a Assembleia Geral da categoria, realizada na tarde do dia 5, quinta-feira, em frente ao saguão do Hospital Regional.

O processo de negociação

Foi lembrado durante as reuniões do Hemosul e da Secretaria Estadual de Saúde, que o governo não estava negociando e sim impondo o valor de R$200,00 reais para a categoria, pois no início das tratativas foi deixado evidente que a proposta governamental era o abono e pronto.

Para Alexandre Júnior Costa, Presidente do SINTSS-MS, “a melhor coisa deste ano foi a mobilização da categoria, a saúde acordou e foi à luta”, afirmou o dirigente.

“A mobilização foi super legal, foi dez,”, “o governo estava irredutível em mexer na tabela, 6% de reajuste é um grande ganho”, “foi uma grande derrota para o governo, ele declarava à imprensa que não ia mexer na tabela e foi obrigado a dar um reajuste”, “o governo enviava proposta pelo telefone”, “nós exigimos uma nova proposta por escrito, ou teria a greve”, “o governo veio com a imposição do abono, aí a base disse não, com a possibilidade de greve o governo aceitou negociar na mesa”.  Estas foram algumas declarações dos servidores, citadas nas reuniões do Hemosul e Secretaria Estadual de Saúde desta sexta-feira.

Costa declarou que a proposta do governo, “era igual a um cobertor curto, se você cobre a cabeça, descobre os pés, se cobre os pés, descobre a cabeça, no final, ao conseguirmos o reajuste de 6% no salário mais abono, que não era o nosso sonho, a proposta pelo ao menos se tornou mais equânime, pois atendeu o pessoal da ativa e os aposentados”, disse.

Para Ricardo Bueno, “se a proposta do abono viesse acompanhada com aumento nos plantões, como chegou a ser cogitado, isso não adiantaria, pois eles não iam aumentar o número da quantidade da cota dos plantões e a gente ia perder dinheiro, além disso, esta proposta não contemplaria os aposentados” concluiu.

Em sua fala, durante a assembleia da categoria, Alexandre Júnior Costa, foi enfático ao dizer, “pode não ser a melhor das propostas, mas isto tem que ficar bem claro, sem a participação dos trabalhadores nas mobilizações, não teríamos conseguido nenhum avanço. Foi a nossa luta que nos fez chegar aqui. Nós derrotamos o governo que queria impor o duzentão”, afirmou o sindicalista.  

Letras

Os servidores estão muito preocupados com a progressão na carreira, nestas duas reuniões, houve muitas queixas de pessoas que já detém o direito de subir na carreira, organizada por letras, mas o governo alega que não há vagas para isso.

Uma das preocupações manifestadas diz respeito ao processo de aposentadoria. Os servidores alegam que não é justo que o trabalhador se aposente, sem completar a progressão que já adquiriu por tempo de serviço.

Sobre esta questão, Alexandre Júnior Costa, ponderou, “na mesa de negociação, nós falamos que deveríamos utilizar o modelo dos servidores federais, onde a progressão da carreira se dá por antiguidade e merecimento, para destravar esta nossa situação que não está andando”.

Plano de Cargos e Carreiras

Foi informado nas reuniões que o sindicato irá montar comissões, com representantes por local de trabalho, tais como Hospital Regional, Hemosul, Lacen, Secretaria de Saúde, entre outros, para debater a proposta dos trabalhadores sobre o PCC´s para apresentar ao governo durante o período de negociação desta pauta.

O compromisso do governo firmado através do documento oficial apresentado vislumbra a revisão do Plano de Cargos e Carreira da categoria até o mês de abril de 2017, próximo da data-base da categoria. 

A maioria dos servidores presentes nas reuniões do Hemosul e SES, manifestaram que a nova proposta apresentada, significou uma derrota para o governo e uma vitória para categoria, que se manteve mobilizada nesta campanha salarial. Agora a luta continua pela progressão da carreira através das letras e pela implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários. 

Escrito por: Sérgio Souza Júnior AsCom Sintssms 



 

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