O Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social vem denunciando há algum tempo que a superlotação do PAM (Pronto Atendimento Médico) do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian está chegando a um nível absurdo. Este fato está sobrecarregando os servidores da saúde e quem mais sofre é a população, os usuários do sistema.
Nos últimos dias a situação tem se tornado insustentável, nesta quinta-feira (30), o pronto-socorro, que tem capacidade para 77 pacientes, estava com 119 pessoas.
Na manhã desta quinta-feira (30), por conta desta situação, diretores do sindicato estiveram fazendo uma visita ao PAM e ao Diretor Presidente do HR, Rodrigo Aquino.
Para Ricardo Bueno, dirigente do SINTSS-MS e Presidente do Conselho Estadual de Saúde, “essa superlotação do PAM é originária da inoperância, do não funcionamento adequado das UPAS (Unidade de Pronto Atendimento) e UBS (Unidade Básica de Saúde) de responsabilidade do município”.
Dos atuais 119 pacientes, apenas seis (6) são do interior do estado, que são a finalidade do Hospital Regional. Neste sentido, muitas pessoas de outras cidades, além da capital, que precisam acessar este serviço público, acabam tendo de aguardar a liberação de vagas pela Central de Regulação, muitas vezes não conseguindo.
Outro tema que o Presidente do Conselho Estadual de Saúde citou é a sobrecarga de trabalho, “esta situação afeta o servidor da saúde que acaba adoecendo. Este sobretrabalho, impede dos servidores oferecem um tratamento adequado se houvesse o quantitativo correto de pacientes, quem paga no final é a população do estado, pela ineficiência da Saúde de Campo Grande”, disse.
Segundo o diretor-presidente do hospital, Rodrigo Aquino, 94% dos pacientes internados no PAM foram encaminhados pela regulação de vagas de Campo Grande ou procuraram o hospital de forma espontânea.
Com a superlotação, as condições de trabalho dos 160 profissionais que atuam no pronto-socorro ficam prejudicadas. “A maioria dos que estão no PAM são da classificação azul, de menos risco, ou seja, poderiam ter sido atendidos em postos”, diz Aquino.
No setor azul masculino do hospital, na manhã de hoje havia 55 pacientes internados enquanto a capacidade da ala é de 18 pessoas. Na sala vermelha, setor destinado a pacientes graves, nove pessoas estão internadas e a capacidade é para quatro pacientes.
O Sintss-MS vai continuar denunciando a situação na imprensa e espera uma solução a partir da Prefeitura municipal de Campo Grande.
Representando o sindicato, estavam presentes nesta agenda, o Presidente do SINTSS-MS Alexandre Júnior Costa, os diretores José Aparecido de Lima e Eder Lima, que foi acompanhada pela imprensa local.
Assessoria com informações do campograndenews
Na foto abaixo, Ricardo Bueno e o Diretor Presidente do HR Rodrigo Aquino na manhã desta quinta-feira (3) discutindo a situação do PAM com a imprensa local.
Foto: Campograndenews