publicado em 4 de Dezembro de 2013 às 12:17 - Notícias

Escândalo Gisa: Contratos suspeitos do SUS com empresa trazida por Mandetta chegam a R$ 420 Milhões pelo Brasil

Arquivo Portal i9

Por: Fabiano Portilho

04/12/2013 09h30 - Atualizado em 04/12/2013 09h30

Escândalo Gisa

O deputado federal e ex-secretário de Saúde de Campo Grande, Luiz Henrique Mandetta (DEM),admitiu, durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde que terminou em "pizza", na Assembleia Legislativa, que foi a ponte entre a empresa portuguesa Alert Life Services e o Consórcio Telemídia e Technology International, responsável por desenvolver o sistema de Gestão de Informações de Saúde (Gisa). O programa, que consumiu mais de R$ 10 milhões dos cofres de Campo Grande, permitiria a marcação de consulta por telefone, prontuário único e total informatização dos dados relativos à saúde. O Gisa, contudo, não está funcionando.

Contratos suspeitos do SUS com empresa trazida por Mandetta chegam a R$ 420 milhões

SÃO PAULO. A mesma empresa que fechou um contrato de R$ 10 milhões com a prefeitura de Campo Grande na gestão Mandetta/Trad teve seu contrato cancelado, de R$ 365 milhões com a Fiocruz em setembro de 2011, a Alert Life Services, também foi contratada pelo governo de Minas Gerais por R$ 48 milhões em 2007. A companhia portuguesa deveria fornecer 8 mil licenças de um software de triagem emergencial de pacientes, mas os pontos de atendimento do SUS não tinham computadores, equipamentos médicos, acesso a internet ou até energia, necessários para instalar e aplicar o programa.

Das 4 mil unidades de saúde básica que seriam contempladas, menos de 400 (10%) tinham o sistema no ano passado. Um terceiro contrato com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), de R$ 7,7 milhões foi firmado neste ano. Nos três, não houve licitação.

No caso, a Fiocruz decidiu cancelar o contrato em 2011, devido à detecção de problemas processuais, como um projeto básico mal-elaborado, apontados por auditoria interna. A decisão deve ser publicada no "Diário Oficial" da União de hoje. Na realidade, a Fiocruz escolheu a Alert apenas com base em pesquisa interna, baseada em "informações públicas de mercado" e "conhecimentos técnicos". Sem ouvir propostas de outros concorrentes brasileiros ou internacionais, mas com aval do Ministério da Saúde, o instituto fechou o negócio milionário de transferência de tecnologia.** A meta era a integração de todas as bases de dados do SUS e a "automatização" de todas as unidades básicas de saúde do país, a plataforma do futuro "Cartão SUS". Diversas autoridades federais e estaduais, inclusive de o Deputado Federal Luis Henrique Mandetta, visitaram juntos a Alert em Portugal.

Fonte: http://www.portali9.com.br/noticias/denuncia/contratos-suspeitos-do-sus-com-empresa-trazida-por-mandetta-chegam-a-r-420-mi 

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