publicado em 7 de Janeiro de 2016 às 11:40 - Notícias

Assassinato em hospital expõe insegurança vivida há 9 anos

Arquivo Correio do Estado

Trabalhadores dizem que facilidade para entrar e sair da unidade assusta

A morte violenta dentro do Hospital Regional, na tarde desta terça-feira (5), expôs, mais uma vez, o descaso das autoridades com a segurança dos 1,8 mil trabalhadores do hospital e as centenas de pacientes que circulam no complexo todos os dias. O sindicato que representa os trabalhadores da unidade afirma que várias reuniões com o Governo do Estado já discutiram a situação, mas na prática nada foi feito.

Vilma Lima tinha 57 anos, trabalhava na recepção do hospital e foi morta a facadas pelo ex-marido Wilson de Lima, de 69 anos. Para cometer o crime, ele passou pela guarita do hospital, que não tem nenhum funcionário que cuida da entrada de pacientes e funcionários, e chamou a ex-mulher na recepção.

Quando ela saiu do prédio, foi morta a facadas no pátio do hospital, bem em frente à entrada de internação da unidade. O ex-marido fugiu no carro dela, colidiu o veículo contra um caminhão na saída da Capital para Sidrolândia e tentou se matar com faca. Ele está internado na Santa Casa e evoluiu para quadro estável, nesta manhã.

Acostumado com reclamações de insegurança no local, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Alexandre Costa, afirma que são anos de falta de segurança na unidade.

Desde 2007, quando os policiais militares da reserva que faziam segurança no hospital foram retirados do trabalho, nada foi feito pelo Governo do Estado sobre o assunto.

Alexandre conta que licitação para compra e instalação de cancelas, semelhante ao que ocorre na entrada de shoppings, por exemplo, chegou a ser lançada no governo André Puccinelli (PMDB).

“Quando a nova gestão (Reinaldo Azambuja) assumiu, nós nos reunimos com eles no início do ano e foi passado para a gente que estava tudo certo para a instalação das cancelas, mas 1 ano se passou e nada foi feito”, conta o sindicalista.

Além das cancelas, os trabalhadores também cobram homens que possam fazer a segurança do pátio do hospital. No ano passado, uma série de furtos e roubos de veículos foi registrada na unidade.

“A insegurança é total, esperamos que depois dessa tragédia alguém acorde porque uma pessoa entrou, matou e saiu sem nenhuma dificuldade”, desabafa o sindicalista.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do Governo do Estado para mais detalhes sobre a instalação das cancelas ou alguma atitude para mais segurança dos trabalhadores, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria.

Escrito por: Aliny Mary Dias do Correio do Estado. 

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