No dia 28 de dezembro do ano passado, ela chegava à capital paulista para participar da mais tradicional corrida da América Latina, a 94ª edição da Corrida Internacional da São Silvestre.

Com seus 15 km de percurso, a corrida é um tremendo desafio para seus participantes, não bastasse o tamanho da prova, outros desafios compõem o cenário, como as altas temperaturas registradas no horário da prova e também suas subidas, tal como a temida Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, que registra aproximadamente 2,5 km de elevação justamente no período final do trajeto.

Site: Como foi essa experiência?

Maria Helena:  Olha eu fiz todo um planejamento para acontecer e minha participação foi da melhor forma possível. São Paulo é uma cidade grande e para mim é inexplicável essa experiência, eu ainda estou emocionada. Com tudo, com minha chegada na cidade grande sozinha, mas fui bem recebida no local que o sindicato me arrumou, eles sempre lembram de mim.

Site: São muitas pessoas participando, é preciso ter cuidados, como se preparou para isso?

Maria Helena: Eu peguei dicas aqui no estado antes de ir pra lá, é importante nestas provas não ficar muito no meio da multidão, porque você pode levar um empurrão e cair, então eu fui pelas beiradas no início, quando dá o estouro do pelotão de elite, todas as outras pessoas saem atrás e mistura tudo.

Site: E sobre as dificuldades da prova, o percurso?

Maria Helena: Tem muitas subidas durante a prova, eu tenho orgulho de ter completado a etapa toda sem cair. Vi muitas pessoas, inclusive jovens caírem, desistirem da prova. Eu vejo um rapaz que corre, ele é do Mato Grosso, não tem uma das pernas, e continua correndo, então eu penso que se eu tenho condições, então porque não correr? Se eu quiser dançar, porque não?

Site: Sobre a corrida em si, enquanto atleta o que achou?

Maria Helena: Eu achei a corrida muito boa, foi um grande desafio para mim, tirando a Brigadeiro (risos). Poxa eu completei, ninguém precisa ter medo, eu com essa idade consegui. Mas também é assim, tem que focar, se for sair para conhecer a cidade, volte cedo, faça os treinamentos anteriores à corrida.

“E no final de 2019 a São Silvestre me aguarda novamente” disse Maria Helena ao final da entrevista. A atleta também agradeceu ao apoio recebido pelo sindicato, “Tenho muito a agradecer ao SintssMS, ao José que foi quem primeiro deu essa ideia de apoio, aos diretores do sindicato, quando você recebe este apoio, deve seguir em frente” disse a corredora.

No dia 11 de Outubro de 2017, Maria Helena realizou um salto de paraquedas no Aeroporto Teruel, em Campo Grande (MS).

No dia 5 de Dezembro de 2018, a atleta foi homenageada na Câmara Municipal de Campo Grande, em Sessão Solene, com a outorga da Medalha Professora Rose Rocha, aos destaques do esporte da capital.

Concluindo esta reportagem Maria Helena avisou “agora eu quero surfar”. 

Por intermédio do SintssMS, a atleta recebeu apoio e orientação antes da viagem, além de alojamento em um apartamento de sindicalistas parceiros da CUT em São Paulo, próximo do local da prova.

A direção do sindicato dá total apoio a atleta e à sua iniciativa da prática de esportes, um importante estímulo para a prevenção e o cuidado da saúde das pessoas, temos esta atleta da casa como um exemplo para todos nós.

Maria Helena está aposentada, trabalhou como assistente em serviços de saúde, tendo atuado durante muitos anos no Hemosul de Campo Grande, é filiada ao SintssMS há aproximadamente 20 anos.

As fotos abaixo são do acervo pessoal da corredora, elas foram tiradas em São Paulo na entrega dos Kits da prova e em frente ao Teatro Municipal. 

Escrito por: Sérgio Souza Júnior 

Assessoria SintssMS (atualizado às 15h02 em 10/01/2019 para acréscimo de informações)