Foi realizada no início da tarde desta segunda-feira (24), no pátio do Hospital Regional de Campo Grande, a Assembleia Geral Estadual do SINTSS-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social do MS), onde a categoria deliberou pela participação na Greve Geral convocada pelas centrais sindicais para o dia 28 de abril, contra as Reformas da Previdência e Reforma Trabalhista.

Conforme a direção do sindicato, os servidores públicos da saúde estadual paralisarão suas atividades entre o horário de 6horas e 8horas do dia 28 de abril, realizando uma concentração em frente do HR-MS, de onde pretendem se dirigir ao centro da cidade, onde ocorrerão os protestos do dia 28.

Segundo Ricardo Bueno, Presidente do SINTSS/MS, “este será um dia de paralisação por nós servidores da saúde e pelos nossos filhos”, em referência às Reformas da Previdência e Trabalhista que estão em pauta no Congresso Nacional.

Ainda segundo Bueno, “estas reformas vêm para acabar com o futuro das novas gerações, a coisa está tão feia que desta vez não vamos protestar para conquistar direitos, precisamos protestar para manter direitos historicamente conquistados”, disse.

Após os primeiros protestos, o governo ilegítimo de Michel Temer, apresentou inflexões na proposta original, entre as mudanças contidas na PEC da reforma da Previdência (PEC 287), tais como redução da idade mínima para se aposentar das mulheres de 65 anos, para 62 anos, com mínimo de 25 anos de contribuição.

O cálculo para receber a aposentadoria de forma integral reduziu de 49 anos para 40 anos de contribuição.

A direção do SINTSS/MS alega que, mesmo havendo estas alterações o conjunto das propostas são muito ruins para os trabalhadores, neste sentido, os sindicalistas a derrubada da PEC 287 da Câmara Federal.  

Data-base

Durante o início da Assembleia Geral Estadual do SintssMS, Alexandre Júnior Costa, Secretário de Finanças do SINTSS/MS informou a categoria acerca da negociação salarial deste ano, “o governo do estado ainda não nos chamou para a mesa de negociação, não apresentou seus números e temos recebido do governo apenas o discurso de terra arrasada, que o governo estava com o problema do gás, entre outros” disse o dirigente.

Na semana passada, o poder executivo deu declarações na imprensa que irá prorrogar o abono salarial de R$200,00 por mais um ano aos servidores públicos estaduais, através de um novo projeto de lei a ser enviado à Assembleia Legislativa do estado.  

O Plano de Cargos e Carreira e Salários é tema da negociação salarial de 2017, conforme acordo realizado com o governo estadual em 2016, mas até agora, não foram realizadas reuniões entre o governo e sindicato para tratar desta questão.

Em regime de votação, foi aprovado que a direção do SINTSS/MS, sem abrir mão do PCCS, vai encaminhar também uma proposta de negociação salarial ao poder executivo, que incorpore o valor do abono salarial de R$200,00 aos vencimentos dos servidores, mais a reposição das perdas salariais, através de um estudo previamente elaborado pelo escritório regional do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos).

Escrito por: Sérgio Souza Júnior AsCom SintssMS